15 de outubro de 2008

Pra sentir falta, sem falta!

- Doutor, o que é pra ser feito no coração dessa jovem?
- Colocaremos uma proteção... À prova de mágoas, saudades e indiferença.
- E no coração desse jovem ao lado dela?
- Não sei o que fazer só olhando-o assim por fora. Me parece tão calmo, como se nada o afetasse!
- Certo, doutor Tempo. Por onde começamos?
- Eles estão com as mãos unidas?
- Sim. Um em cada maca, mas com uma das mãos dada ao outro.
- Hum! Comece separando-os.
- Mas doutor, eles disseram um ao outro que não iriam se distanciar.
- Faça o que eu disse.
- Certo. E agora?
- Leve-a daqui...
E assim que o enfermeiro Destino foi levando a garota para longe do garoto, o coração dela entrou em disparada e ainda que desacordada, as lágrimas banharam seu delicado rosto...
- Doutor, o coração da menina disparou!
- Apenas leve-a embora.
- E quanto ao rapaz?
- Deixe-o aqui comigo. Ainda não reagiu! Vai demorar para sentir que ela se foi. Mas depois que sentir, aí sim eu saberei o que fazer no coração dele.
- E qual o nome dele?
- Escreva aí: Sozinho da Silva.