18 de julho de 2008

Até a beira, besteira!

E a cada vez que fecha os olhos uma lembrança é recolhida da memória e amargamente jogada frente às pupilas, como se tudo acontecesse novamente. E então o pensamento voa, junto do olhar distante. E distante segue não só o olhar, mas distante também vai ficando a admiração, mesmo que ainda dê pra avistá-la no horizonte. Antes olhava para o lado e via aquele dia de chuva, a bicicleta, as pedras da rua... Agora tem medo de olhar e foge. Se esconde dentro do sorriso amarelo, da falta de palavras, besteira qualquer. Na verdade, leva a saudade e alguns dias até consegue ir ao horizonte pegar um pouquinho de admiração. Só não sabe ela que ele não é mais o mesmo, já colocou sapato novo, saiu por aí pra andar e conhecer outras ruas de pedra. Enquanto ela vai fechando os olhos e fugindo, fugindo... Fingindo!