16 de junho de 2011

Selado



Soundtrack: Ingrid Michaelson - Turn to stone

As coisas parecem chegar na nossa vida com o selo do destino pregado no envelope. E vezenquando, ele parece atrasar. Ela ficava todos os dias indo até a caixinha de correspondências a espera do seu destino. Conta do banco, de luz, aluguel... E se questionava: o que eu tô fazendo aqui? Foram muitas as noites em que acordava perdida. Por algumas noites, chorava escondida no banheiro, com a toalha na boca, depois de ter ouvido um CD inteiro do Coldplay. Queria riscar aquela faixa picuinha, queria o Chris Martin com faringite! Esperar o destino era tarefa do dia, depois de tirar o lixo, se sentava no sofá a espera de uma resposta. Nem que fosse um aviso dos correios de que o destino estava preso na alfândega, com a necessidade de um pagamento extra pela retirada. Ela pagaria! E houve uma madrugada em que jogou todos os sachês de mostarda fora. Ficou amiga dos carteiros da rua e dava até cafézinho, sem saber, que na verdade, ele era o carteiro. Ele fez todo o serviço. Ele que a julgava, enquanto ela foi a pessoa mais sincera que já tinha aparecido no seu caminho. Ele que a fez se sentir petrificada, baforando palavras geladas, se misturando em sumiços, fazendo aparecer um lado antes não conhecido. Ele que perseguia as respostas dela, sem saber responder suas próprias perguntas. Beberam num mesmo copo, brindaram separados. O destino chegou e quem tocou a campainha foi ele, com um barulho estranho de soco no volante, de estômago embrulhado, choro contido. Dez segundos sem ar e um sono profundo. Foi nesse dia que arrancou o selo do envelope deixado por debaixo da porta e guardou na gaveta. Colocou um selo novo e decidiu esperar, até poder entregar em mãos para outra pessoa. Esse era o destino. Um sentimento moldado a mão, com alguns soluços, sorrisos, clichês. Com algumas histórias, brindes, esperas... E com algumas páginas, sempre a espera de novas palavras.
Entre selos e campainhas, desencontros acontecem. Às vezes, a correspondência atrasa. E acordarmos para o fim, também. A verdade é essa: o amor fica pesado e não aguenta tanta cobrança em cima de 2 pés. O que quase ninguém consegue entender é que esse barulho interior nada mais é que um coração batendo. Vivemos, conhecemos, selamos, com lágrimas, com beijos... Se a gente vai embora ou não, quem decide é o destino. Se o amor vai embora ou não, quem decide é o tempo. E o tempo... passa.

28 de abril de 2011

Nosso



Soundtrack: Ingrid Michaelson - Keep Breathing

Acordo antes de você e olhando para o lado te vejo dormindo com meio centímetro da coberta que eu roubei pra mim durante a noite. Te olhando ali, encolhido, com o cabelo todo bagunçado, a chuva se fez uma trilha sonora de filme. Mais precisamente daquelas cenas em que a mocinha se descobre completamente apaixonada pelo mocinho. Olho para o teto, tentando me enganar, mas os olhos desviam e volto a te encontrar na minha direção, com a cara toda amassada entre as listrinhas do travesseiro. Fico ali esperando você acordar e sorrir pra mim, preparada pra conhecer o seu olhar de bom dia. Enquanto isso, penso nisso que você criou dentro de mim. Essa sensação de água depois de um prato salgado, essa sede com alívio puro do ser feliz com pequenas coisas. Como quando no meio de uma conversa você sabe fazer uma piada de algo que já aconteceu e eu, lerda, sempre fico alguns minutos tentando entender. Como quando em meio aos detalhes você coloca a mão na minha perna enquanto dirige ou beija todos os dedos da minha mão, te fazendo ser o cara mais charmoso que eu já conheci. Como quando você me abraça 5 minutos antes do filme começar, sabendo que eu não vou mais prestar atenção em quase nada do que você fizer depois disso. E ainda me perdoa e parece que sorri pra mim com seus olhos, que eu adoro. Penso então no modo com que eu rio ao seu lado, com você fazendo música com a atendente da farmácia, dançando tango no corredor ou fingindo de habib com um lençol enrolado na cabeça. Penso em duas palavras perigosas e baixo a minha guarda. Descubro o quanto você mexe comigo e fechando os olhos assumo, pra mim mesma, que te amo. Sei de tantas pessoas que não acreditam no poder que isso pode causar ou que demoram a perceber e quando se vê passou. Sei bem que esse tal do amor não é muito justo, que pelo caminho a gente tem que saber escolher quais pedras são melhores de pisar e que nem sempre se acerta. Mas te vendo ali, dormir, não sei dar outro nome a isso a não ser esse. Então a gente não deixa passar e opta pela injustiça que ele tem. E como tem... Sinto isso quando você sabe tanto de mim, sem mal me conhecer e eu ainda me acho meio perdida, sem saber muito de você. Sinto isso quando você parece ter o poder de me olhar, examinar e ver quem eu sou de verdade, como desde o primeiro dia em que você falava as coisas parecendo que tinha uma colinha de tudo que eu penso e gosto, como seu primeiro olhar parecendo que já me conhecia. Enquanto você suspira dormindo, meu coração decide respirar em paz. O jejum da minha manhã acaba, alimentado por todos os sonhos que cabem ali, no espaço da cama, entre você e eu. Decido fechar os olhos de novo, não como se fechasse os pensamentos, mas como quem se abre e se solta para o que está além do que se vê. Então, novamente voltam as duas palavras perigosas e chego a pensar que tudo isso poderia ser pra sempre.

5 de março de 2011

Pessoas horóscopo



Soundtrack: Greg Laswell - And Then You

Não acredito em horóscopo. Mas meu signo é Câncer. Meu verbo é "eu sinto" e acho isso completamente esquisito. Coincidência que seja, eu realmente valorizo bastante o sentir das coisas. Aí pego aquela revista no salão e abro no horóscopo do mês: amor, amor, doação, sofre mulher! Quando não leio isso, vem algo do tipo: cuidado com a sua saúde. E sempre tem aquele medo de ler horóscopo velho porque dizem que atrai má sorte. Aí eu prefiro abrir um novinho em folha no twitter só pra ver no que vai dar. E lá vem. #Câncer: dia propício para boas relações. Cor: Azul marinho. Droga! Não tenho uma roupa azul marinho para sair conquistando boas relações. A verdade é que o horóscopo te faz ser uma pessoa generalizada. Você acorda e lê que o dia será lindo, enquanto aquela menina que dá em cima do seu namorado e trabalha com ele também é canceriana. Olha só: ela também terá um dia lindo, do lado do seu namorado! Nessas horas aposto que você pensaria o quanto os astros poderiam dizer: "canceriana que dá em cima do namorado da outra, dia de gripe, fique na cama, cuidado com a saúde". Mas é claro que isso não acontece. Aposto que você lê o horóscopo do dia que te diz para organizar sua bagunça interior e logo você pensa: meu Deus, feito para mim. Sou única e especial para os astros. E aí, amigão? E aí, amigona? Quem não sofre de bagunça interior? Que dia não pode ser especial para se conquistar novas e boas relações? Algo do tipo: geminianos, chorem?! Hoje é meu dia de ser simpática porque os astros disseram e permitiram. Sofram cuidando da sua saúde hoje.
É, não acredito em horóscopo. Como não acredito em nada que não me ataque diretamente, mexa comigo, me faça sentir especial e nem preciso ser o Sol de todos os astros. Confesso que leio às vezes. Como, às vezes, também acabo aceitando as coisas que mexem com metade de mim. Eu me deixo ser lida, mas não mostro o rodapé de página. Famoso rodapé, aquele que os professores mais complicados exigem em cobrar nas provas. Se você leu, você faz a questão. Se não, você faz o básico. Fica ali na média. Na minha escola, não classifico como um aluno mal conceituado. Mas não abro vaga na minha iniciação científica. Não acredito em nada que não destranque minha alma, deixe os meus astros falarem. Não acredito em nada que não me faça respirar aliviada quando encosto no travesseiro sabendo que, ao fim do dia, pude ser eu, por inteira. Acredito no cheiro que fica nas mãos depois do abraço, nos detalhes, seja ao achar lindo um olho menor que o outro, seja ao brigar para que ele não fique corcunda e assim possa continuar maior que eu, alguns centímetros, até ficarmos bem velhinhos. Acredito no olhar único que cada um pode ter, sabendo-se quando está bravo, triste, feliz, com tesão. Acredito no nosso abraço no frio, sabendo que meus pêlos são arrepiados por natureza, mas que fico doente fácil e gosto de carinho. Acredito no sabor do beijo, seja de melancia, seja de canela, seja de pizza de frango. Acredito no silêncio que expressa, na respiração que fala, no oxigênio misturado com gás carbônico e perfume, roubado diretamente do nariz do outro. Acredito no sorriso, não porque tudo fica engraçado quando se gosta de alguém, mas porque é fácil sentir coceira no canto da boca por qualquer coisa. Acredito na falta de planos, na fuga pra qualquer lugar, mesmo com a proporção de 10 pernilongos pra cada cm² do corpo. Acredito na sua voz do outro lado da linha, tentando dizer oi com mais animação, mas ainda demonstrando a sua falta de jeito que me faz querer te apertar a distância. Acredito no toque com cuidado, tirando o cabelo do rosto, no toque sem licença, tirando a roupa, despindo os olhos, unindo os ombros, os queixos. Unindo as diferenças, semelhanças, duplicidades. Unindo as àguas, provocando reações. Acredito no único, na permanência, no inconfundível. Não acredito em "pessoas horóscopo". Generalizadas, pormenorizadas, que precisam de chamados astrólogicos para que se chamem para tudo que envolve viver. Que precisam de uma única cor para um dia, enquanto posso me pintar de todas ou ser charmosa usando verde cor de limão.
Nasci no dia 10 de julho. Segundo meu signo, meu verbo realmente é eu sinto. Mas tudo o que eu sinto, posso falar e fazer por mim mesma. Melhor ainda, com você ao meu lado.

4 de janeiro de 2011

Morar



Soundtrack: Patrick Watson - The great escape

Lembro o jeito que você arrumou meu cabelo caído no rosto e com a sua mão direita, firme, levou minha cabeça pra bem perto do teu pescoço. E me aconchegando ali, ouvindo o barulho do vento, sentindo o cheiro do seu desodorante misturado ao da coberta guardada, fiquei pensando se seria mesmo você ali. Se era mesmo o cara sério que nunca sabia o que dizer quando eu vinha armada com as minhas palavras adocicadas. Que não gostava do meu silêncio e dizia "o que foi?", pelo menos 3 vezes, até eu responder "nada", mesmo sabendo da minha mania de olhar para o nada, em meio a tudo. Pensei se era você mesmo, que também ficou calado, sem levantar qualquer questão. Ali, encostada em você, senti medo. Medo de serem poucas as vezes em que você me levasse pra perto do seu cangote. Medo de ser sempre a única a buscar esse cheirinho que fica atrás da sua orelha. De ser sempre a única a querer alugar essa casa que fica logo aí, na curvinha do teu pescoço. Medo de nunca receber auxílio da imobiliária, de não saber nem se tem goteira na casa e ter que descobrir tudo sozinha. Senti medo de você não ter medo de me perder. De você quase nunca falar nada e ainda assim eu te querer. Mas quando você respirou fundo, percebi que talvez não só eu estivesse pensando. Percebi que você parecia eu. Era o meu ritual em você. Olhando para o nada, pensando em tudo. Ali, encostada em você, me senti pequena. Quis ser algo avassalador e mal conseguia te ouvir dizer: "eu também te amo". Via seus lábios mexerem, mas sem qualquer intenção de alguma palavra sair. Eu era a louca, corajosa que dançava com o seu pai, que abria mão do salto alto e cantava as músicas altas no seu carro, mesmo te vendo fazer aquela cara chata. Mas eu mal conseguia te fazer cantar comigo. Eu mexia com todos e você atrás da fronteira. Eu encostava no seu ombro depois de você me levar até lá e ainda assim, te via atrás da fronteira. Só que o mundo parecia chato antes de tudo isso, mais até do que algumas das caras que você faz. Era chato não ter a expectativa do momento em que você fosse dizer algo repentinamente e me fizesse sorrir, feito boba. Era chato não doar meus olhos para alguém, teria sido um pecado não ter conhecido o sorriso mais lindo do mundo. Seria estranho sem o cara estranho e então te adotei. Lá pela quinta respiração funda, enquanto eu ajeitava as cobertas, você soltou um "o que é o amor pra você?". Talvez amor fosse eu aceitar nossas diferenças, querer descobrir suas goteiras sozinha, sem maiores informações da imobiliária. Talvez amor fosse me dispor a ir até o seu ombro, mesmo quando você não me levasse, por saber que os pêlos do seu braço arrepiam quando respiro perto do seu ouvido (e você gosta). Talvez amor fosse descobrir os seus sinais, crer numa hora em que a fronteira vire horizonte. Tudo é questão do tempo e de tempo. Talvez amor fosse isso e mais coisas que eu realmente não poderia explicar. Então me calei, sem responder.
Sem classificar tudo isso em durável ou não, sei que sou a teimosa que mais te quis colocar na lista dos verdadeiros amores da vida. Sei que um dia talvez ache alguma mudança aí dentro de você que eu pude fazer, seja ao se ver cantando alto enquanto dirige. Descobri um jeito de não perder a fé nas pessoas. A cada vez que chego a beira de uma explosão, com direito aos meus cacos de vidro humano, me lembro de você. E de como nesse dia, enquanto eu pensava me sentir pequena, nada avassaladora, pouco eu, você lá pela décima respiração funda disse: "isso não tem que ter explicação, eu te amo e é assim". Eu me calei por alguns segundos. Surpresa, ri e disse: "é, é assim". Deve ser assim mesmo. A questão é que eu ainda estou aqui. E sem explicações, tenho amado morar no seu cangote de gente diferente do que eu sou.

21 de dezembro de 2010

Tributo a 2010


Soundtrack: Maria Rita - Encontros e despedidas

Hoje falarei sobre isso que chamamos de final de ano. Momento crucial de reflexão, em meio às luzes de nossas árvores e o sempre simpático "feliz natal" ouvido após o tchau. Tenho amigos que insistem em não gostar do natal, por pensarem se tratar de um ritual besta qualquer em que você ganha presentes e come pra valer. Eu, sempre considerei muito mais o natal do que o ano novo como data de renovação. Trocar o calendário não se faz mais especial do que refletir no dia do bom velhinho, na minha opinião, claro.
Minha família nunca foi de se reunir muito nos natais, talvez porque ela seja pequena e cheia de picuinhas internas. Mas em casa, temos um carinho especial, entre nós 4 (eu, meu pai, minha mãe e minha irmã) pelo momento em que o relógio marca a chegada do natal. Minha irmã sempre se responsabiliza pelas preces e quando mais nova, eu sempre pensava quanto tempo ela teria pensado pra conseguir falar tudo aquilo tão bem. Tentava imaginar como ela conseguia descrever um sentimento que virava voz, entrando pelos nossos ouvidos e iluminando os olhos dos meus pais. Tinha orgulho daquele momento, mas nunca soube muito bem o que dizer. No final, minha vez era sempre recheada de enrolações do tipo "o ano foi bom, espero que o próximo seja melhor ainda". Ontem, antes de deitar, fiquei olhando a lua bem cheia e tentei me dar conta de tudo que aconteceu esse ano. Impossível fazer um balanço de cada momento, mas de um modo geral consegui visualizar algumas das coisas que poderiam descrever o meu ano de 2010. Fiz amigos incríveis e descobri que a distância demole amizades mal resolvidas. Uberaba me apresentou amigos de farra e amigos de casa. Briguei com meu vizinho de baixo por barulho e briguei comigo por barulho interior. Descobri locais estratégicos de fuga da realidade e descobri novas casas pra morar. Bebi, bebi muito. Tive ressacas físicas e morais, por mim e por outros. Me apaixonei, achei que apaixonei, desapaixonei. Descobri que tenho a séria necessidade de contestar o que pode ser e que tenho preguiça de pessoas que não causam isso em mim. Tenho preguiça de quem não me faz criar planos, seja para os próximos dez minutos. Muito além do diálogo clichê de "odeio gente morna", eu descobri ter preguiça de gente que não causa em mim o sentimento de reboliço interior. Mas 2010 também me trouxe perdas. Perdi gente, perdi carinho, perdi contato. Perdi algumas passadas de mão na cabeça e passei a encarar algumas coisas com o espírito de solidão acompanhada. Sempre acho que falta algo e esse ano tentei fazer minhas própria argamassa pra completar meus buraquinhos. Abandonei a idéia de tentar encaixar pessoas onde elas não cabem e simplesmente comecei a esperar a chegada de alguém que caiba. No quesito faculdade, me confundi bastante. Pensei gostar de coisas que, agora no fim, olho e vejo que ainda não sei como lidar. Dei plantões no hospital. Vi gente saudável fazendo drama, gente doente por dentro e por fora. Criança prematura, faltas de escolhas, faltas de opções, meninas grávidas e solteiras. Criei em mim um teto de vidro, fácil de quebrar, mas totalmente feito pra se tornar uma redoma, separando o que penso do que realmente é. Tive muitos desses sentimentos de que não valorizamos o que temos nas mãos e nos enfurnamos no nosso mundinho, sem saber que existe muita coisa fora da redoma. Tive lapsos de não saber se estava no lugar certo, na hora certa. Tive medo, fui egoísta, fui humana. Tive dias enfiados em pensamentos do que fazer da minha vida nos próximos anos. Tive dias enfiada na cama com preguiça de ir às aulas chatas. 2010 se encheu de dias pesados em contrapartida aos dias leves e aprendi a dizer não para algumas coisas e pessoas. Esse ano fui eu mesma por muitas vezes e deixei de ser eu, evitando conflitos. Fiz 19 anos e me dei o direito de me achar madura por alguns momentos. Senti saudades de casa quando estava em Uberaba e senti saudades de Uberaba quando estava em casa. Descobri que as pessoas não são sempre iguais e eu também não. Aprendi a gostar de açaí e até comi maionese sem saber. Esperei por coisas maiores que eu e tive coisas menores que um alfinete. Não esperei nada de pequenas coisas e elas mal couberam nas minhas mãos de tão grandes no final. Aprendi que algumas coisas devem simplesmente ser ditas, sem burlar a auto-estima de ninguém, mas que sinceridade tem dose certa. Cheirei muita fumaça dos carros, fugi do mundo, fiz do meu quarto um abrigo. Passei mais um ano sem experimentar um cigarro e sem a mínima vontade. Escrevi muito, seja coisas que guardei pra mim ou que mostrei a todos aqui nesse blog... 2010 confirmou a idéia anual de que nunca é fácil se viver 365 dias lidando com alguém cheio de defeitos e qualidades, que no caso sou eu. Mas comprovou mais uma vez que tenho vários modos de viver 365 dias acreditando na mudança, não só da lua lá no céu.
Gosto do Natal porque não me importo com que cor de roupa usar, não acredito que o que eu escolher influencie no que venha. Paz, amor, felicidade, dinheiro... Todo mundo deseja isso e que se foda a cor da sua roupa. Quando a gente quer, a gente corre atrás. E sempre temos o direito de esperar algo maior. No final, todos chegamos ao mesmo ponto: para cada dia temos um destino feito de escolhas, não importando o ano, nem se é páscoa, natal ou o dia de lavar a louça suja.
Feliz natal a todos e um feliz ano novo, cheio de novos amigos, buracos incompletos, pouca maionese e muitas escolhas!