Soundtrack: Adele - Lovesong
29 de janeiro de 2012
desAcostumar
26 de dezembro de 2011
Attraversiamo
Soundtrack: Caetano Veloso - Oração ao tempo
Em meio a 365 dias, poderia escolher mais de 365 agradecimentos. Mas dedico esse ano ao tempo que anda sempre ao lado do que chamamos de vida. O tempo, esse agridoce diário, essa descoberta, essa busca, essa fé que surge de onde menos esperamos. Mesmo diante de tanto caos interior que consigamos entender que algumas coisas só se tornam claras e cabíveis com o passar do tempo e de algumas pessoas pela nossa vida. Sempre existirão loucuras específicas para a nossa existência. E resistir a isso é se negar a viver um dia de cada vez. Que ele nos dê a mão e nos convide a atravessar juntos, um passo de cada vez. Que 2012 nos aproxime mais do que chamamos de nosso, que estejamos mais perto dos nossos sonhos, dos nossos amigos, dos nossos amores, da nossa paz. De tudo em que depositamos nossa FÉ!
Como uma amiga hoje lembrou: attraversiamo. Atravessemos juntos. Que venha 2012, com muito tempo pra ser feliz!
28 de novembro de 2011
Organiz(ando)
Soundtrack: Feist - Intuition
Você sabe onde eu estou. Sabe que eu adoro sorvete de pistache, beijo no queixo, arrepio bom. Sabe que eu adoro alguns clichês e frases bonitas bem organizadas, com metáforas de mocinho poético num olhar que fala. Você sabe o que me toca, sabe o quanto odeio as coisas não-vividas, gente superficial. Você sabe da minha indecisão, até na hora de escolher um suco ou de pensar qual a melhor palavra pra te descrever. Você sabe que consegue roubar meus pensamentos por telepatia, sabe do estrago que ainda faz no meu subconsciente, insistindo em me fazer sorrir ou em ter vontade de te matar .Você sabe que a gente se entende, só que insistimos em falar línguas diferentes, sobrando a tarefa de tradução pro silêncio, com interpretações pessoais e isoladas.
Você sabe que eu continuo aqui. Sabe que ainda tropeço em você por aí, mesmo sem te ver. Sabe que ainda dói, por mais maluca que eu pareça falando isso e que eu ainda me pego lembrando de você cantando Zeca Pagodinho no meu aniversário. Você sabe que vai encontrar alguém e eu também. Sabe que esse alguém vai tentar arrumar seu guarda-roupa ou fazer um trato de uma semana sem coca-cola. Você sabe que esse alguém vai te conquistar, porque gosta de fotografia, das mesmas músicas que você e consigo ver vocês cozinhando juntos, tomando um vinho branco e rindo do destino. Você sabe que vai se desequilibrar, vai se perder e vai acordar pensando em tudo, menos em mim. Você sabe que os presentes vão parar no fundo da gaveta, que os recados do carro vão ficar só na memória e que as fotos do seu mural vão ser trocadas. Que a gente vai se acomodar a ficar sem o outro, que algumas coisas em nós vão mudar e outras não. E sei que ainda vou me perguntar mais umas 15 vezes por dia se fiz a coisa certa, até o dia em que eu me pergunte 10 vezes, 5, 3. Até o dia em que eu não me pergunte mais.
Você sabe que eu continuo aqui. Sabe que ainda tropeço em você por aí, mesmo sem te ver. Sabe que ainda dói, por mais maluca que eu pareça falando isso e que eu ainda me pego lembrando de você cantando Zeca Pagodinho no meu aniversário. Você sabe que vai encontrar alguém e eu também. Sabe que esse alguém vai tentar arrumar seu guarda-roupa ou fazer um trato de uma semana sem coca-cola. Você sabe que esse alguém vai te conquistar, porque gosta de fotografia, das mesmas músicas que você e consigo ver vocês cozinhando juntos, tomando um vinho branco e rindo do destino. Você sabe que vai se desequilibrar, vai se perder e vai acordar pensando em tudo, menos em mim. Você sabe que os presentes vão parar no fundo da gaveta, que os recados do carro vão ficar só na memória e que as fotos do seu mural vão ser trocadas. Que a gente vai se acomodar a ficar sem o outro, que algumas coisas em nós vão mudar e outras não. E sei que ainda vou me perguntar mais umas 15 vezes por dia se fiz a coisa certa, até o dia em que eu me pergunte 10 vezes, 5, 3. Até o dia em que eu não me pergunte mais.
Mas já que é pra ir embora, vamos de vez. Digamos que valeu a pena se perder, até porque não tem graça se achar o tempo todo. Então a gente se organiza e adequamos o tamanho do lugar de cada um. Eu tomo meu sorvete de pistache, você faz suas viagens misteriosas. Paramos de tentar nos enfiar em aspas e mesmo que nada venha agora, aceitemos a transição, a espera do próximo passo, mesmo sem chegar no tal do "lá". Sei que pareço patética tentando parecer a forte e decidida da história, vendo as coisas com outros olhos, num tal de não-tá-bom-mas-tô-bem, só que eu sei que doeu e vai passar. A vida é assim mesmo: água na ferida lava, mas dói. Se cuida, por mim.
6 de novembro de 2011
Dentre todas as coisas, o amor
Soundtrack: Adele - Don't you remember
Ensinaram tanta coisa errada e ainda não temos talvez aceitação para a única verdade de todos os tempos: o amor dói. Dói de alegria, dói de ansiedade, dói de saudade. Dói no ganho, dói na perda, dói no desgaste. Dói porque é humano. Dói até o dia em que se torna indiferente, porque o motivo para ter dado certo foi simplesmente ter dado errado. E então ele renasce. Porque para amar não precisa existir um amor para a sua vida, precisa existir o que lhe é entregado em prece diária: a sua vida com o que você chame de amor.
8 de outubro de 2011
Sobre recheios e adubos
Soundtrack: Ellie Goulding - Your Song
Eu diria que relacionamentos são como um eco num espaço vazio. O que dizemos reflete em nós mesmos. Tudo que dizemos volta, mesmo que com intensidades mais fracas, mas por repetidas vezes, ressonando nos nossos ouvidos. Nesses momentos, é preciso fechar os olhos para ouvir melhor o que estamos refletindo ou simplesmente aprender como ouvir, mesmo que não se ouça nada. Silêncio também é dádiva.
Cada um ao seu modo, cada um com sua mágoa, a questão é que os finais sempre nos doem, mas nesses momentos muitas das respostas aparecem. Os vazios nos oferecem espaços grátis. Quando abrimos mão de algumas coisas, vemos nossas mãos vazias e 100% de chance de agarrar coisas novas. Algo sempre vai faltar, mas é questão de escolha o que queremos no recheio. E eu te desejo algo bem doce.
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